Frequentemente se ouve falar no meio evangélico de
homens, de mulheres e até crianças de quem o Senhor tem se servido para
abençoar outros. Mas quem pensaria que Ele também pode servir-se de uma mosca,
inseto tão antipático e muitas vezes até perigoso por ser portador de
moléstias?
No entanto, nosso Deus se serve, por vezes,
dos meios mais insignificantes, mesmo dos que nós reputamos mais
desprezíveis.
O grande evangelista do século XVIII, John
Wesley, anunciava o Evangelho na cidade de Dublin, capital da Irlanda.
Certo homem, católico romano fanático e intolerante de tudo quanto em
religião fosse alheio à Igreja de Roma, resolveu assistir a um dos
cultos dirigidos pelo célebre pregador tão somente para ouvir os
cânticos, pois apreciava muito a música.
Resolvido a nada escutar do que Wesley
dissesse na sua prédica, tapava os ouvidos com os dedos sempre que não
estivessem cantando. Assim, aconteceu que, estando o homem com os dedos
nos ouvidos, pousou-lhe no rosto uma mosca, provocando-lhe tal comichão
que precisou usar uma de suas mãos para a enxotar.
Precisamente neste momento Wesley citava
palavras que nos Evangelhos se acham repetidas diversas vezes: "quem
tem ouvidos para ouvir, ouça!" (Mt 11:15; 13:9, 43; Mc 4:9; Lc
11:35). O homem, que se recusara a escutar o pregador, ficou tão
impressionado que continuou a ouvir, enveredando, por fim, o caminho da
salvação. Ouví e a vossa alma viverá. (Isaías 55:3).
(Seleções de Literatura Cristã,
nº 1, jan/2000 p. 07)
Paulo Rogério Petrizi
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